quarta-feira, 25 de maio de 2011

Mudanças

Conhecido por dirigir dramas trágicos como “Desejo e Reparação” e “Orgulho e Preconceito”, o inglês muda radicalmente de estilo lançado um thriller de ação e suspense.

Os bons diretores se notabilizam por desenvolverem um estilo, como se seus nomes criassem uma marca. Não é comum ver ousadia da parte deles e muito menos dos estúdios em financiá-los caso tomem um caminho diferente do que traçaram anteriormente. Poucos diretores (dá pra contar nos dedos) conseguem dar o passo seguinte e chegar num patamar, digamos, universal.

Por isso, quando isso acontece com algum de diretor de renome, gera curiosidade. Em cartaz no Brasil, o filme Hanna(Hanna, 2011, EUA, Reino Unido, Alemanha) do diretor Joe Wright corre este risco. Conhecido por dirigir dramas trágicos como “Desejo e Reparação” e “Orgulho e Preconceito”, o inglês muda radicalmente de estilo lançando um thriller de ação e suspense.

A história é centrada em Hanna (Saiorse Ronan), uma adolescente de 14 anos, treinada para ser uma assassina profissional. Seu pai(Eric Bana) é um ex-agente da CIA procurado pela agência. Criada por toda sua infância afastada da sociedade, após ser descoberta e capturada, ela foge. No meio da fuga conhece uma família francesa, que tem como maior virtude ser comum. Agora ela vai descobrir um mundo completamente novo.

Neste instante o filme mostra a que veio. Apesar de toda educação e forte disciplina, Hanna é apenas uma adolescente descobrindo a vida. Por mais que os pais preparem seus filhos, são as experiências que os formam. E por mais que os pais queiram que os filhos façam algo ou sejam alguém, no fim são eles que devem decidir, ninguém pode fazer isso por eles. Caso contrário, no futuro, as boas intenções podem virar um pesadelo. Num mundo em que as pessoas são cada vez mais cobradas e exigidas, ter uma vida simples tornou-se o desejo de muitos. E é por isto que Hanna vai lutar, independente do que querem para ela.

Este conflito existencial de Hanna nos mostra que Joe Wright não mudou seu estilo, apenas trocou a forma de contar suas histórias. No fim, o filme é tão trágico quanto os demais, com a diferença que agora possui mais distrações.

Isso prova que ao escolher um filme, não basta ver o título ou ler a sinopse. É preciso conhecer os artistas.

Avaliação: Regular

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=bsUwFdS7Bmg

Um comentário:

  1. Não sabia que ele tinha feitos estes filmes, muito bons por sinal.

    A trailer parece ser interessante, mas duvido muito que passe em Jundiaí.

    Abraço

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